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Opinião: Marta deve mesmo continuar sendo convocada para a Seleção feminina?

Atacante completou 39 anos em fevereiro e está de volta à Seleção após a prata em Paris

Marta durante treino do Brasil para enfrentar o Japão. (Foto: Lívia Villas Boas / CBF)
imagem cameraMarta durante treino do Brasil para enfrentar o Japão. (Foto: Lívia Villas Boas / CBF)
Giselly Correa Barata
São Paulo (SP)
Dia 30/05/2025
14:00
Atualizado em 30/05/2025
14:15

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Marta está de volta à Seleção e será titular no amistoso contra o Japão, nesta sexta-feira (30), às 21h30 (horário de Brasília), na Neo Química Arena. A camisa 10 faz seu primeiro jogo após a medalha de prata nos Jogos de Paris, mas o retorno da maior jogadora da história levanta o questionamento: Marta ainda é decisiva dentro de campo ou sua presença é mais simbólica?

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Nas redes sociais, uma palavra virou sinônimo de quem faz a diferença: aura. Um termo que mistura misticismo e futebol, usado para descrever quem muda o jogo só por estar em campo. Yamal decidindo La Liga pelo Barcelona: aura. Blackstenius marcando o gol do título da Champions feminina para o Arsenal: aura. Marta, aos 39 anos, é a própria definição de aura.

Se o ditado popular afirma que "chegar ao topo é difícil e manter-se é mais ainda", a camisa dez cumpre os dois requisitos. E é, sim, peça importante na Seleção.

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Sem lugar cativo

Ela tem aura, mas não tem cadeira cativa. Precisa merecer estar ali. Ou seja, nem mesmo as seis bolas de ouro não garantem vaga no time de Arthur Elias. Pelo contrário, foram meses sem convocação.

Com humildade, Marta concorda com treinador e defende que "deve jogar quem apresenta melhor performance".

— Eu quero viver um dia de cada vez. O professor sempre deixou muito claro que ele vai chamar quem está melhor no momento, independente da idade. — disse ela, durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (29).

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Referência para outras atletas

Os minutos iniciais do treino de véspera do amistoso, realizado na noite desta quinta-feira (29), na Neo Química Arena, evidenciaram a leveza e a confiança que rondam a Seleção feminina. Apesar da descontração aparente, há cobrança e trabalho, com correções de movimento, posicionamento e gestos técnicos.

Marta trocou es com Jhonson, de 18 anos, joia do Corinthians convocada pela primeira vez. A veterana indicava o ângulo de e para a atleta e acelerava o jogo à medida que a jovem se movimentava.

Em outro treino, este no Centro de Treinamento Joaquim Grava, a atacante esteve em uma roda de altinha e brincou, se divertiu, exibiu habilidade. Lá, é facilmente confundida com outras atletas, que compartilham do mesmo perfil sorridente.

Durante a semana de preparação da Seleção, não foi raro ver menções à jogadora, mesmo quando as perguntas eram direcionadas a outros aspectos da equipe. A zagueira Tarciane, do Real Madrid, falou que Marta deveria se aposentar aos 60, enquanto a meia Angelina (companheira na Seleção e no Orlando Pride) revelou se inspirar na craque desde os tempos de Vasco. Assim, o legado da brasileira é vivenciado todos os dias, nas arquibancadas e vestiários.

(Foto: Christophe ARCHAMBAULT / AFP)

Marta segue em alto nível

A atacante atua no Orlando Pride, dos Estados Unidos, em uma das principais ligas do mundo, a National Women's Soccer League ( NWSL ). Nesta temporada, tem dez jogos na competição, sendo nove como titular. A média é de 77 minutos em campo e ela balançou as redes em três oportunidades, além de uma assistência.

Se não é mais a atacante com mais explosão de outrora, Marta é capaz de quebrar linhas mesmo com pouco espaço. Criativa, flutua como meia-atacante e atacante e consegue encontrar espaço para as companheiras de ataque. A finalização e o drible seguem como principais características.

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Marta comemora pintura anotada com a camisa do Orlando Pride na NWSL (Foto: Reprodução/Instagram)
Marta comemora pintura anotada com a camisa do Orlando Pride na NWSL (Foto: Reprodução/Instagram)

O novo papel da camisa dez na Seleção de Arthur Elias

A mentalidade vencedora empregada por Arthur Elias foi amplamente citada pelas atletas durante entrevistas coletivas. No Brasil, só se fala em vencer, mas como trabalho coletivo, não individual.

Marta, acostumada a ser protagonista no clube e na Seleção, parece entender o novo momento. E comemora, pois é além de atleta, uma ativista da modalidade.

— Enquanto eu estiver em atividade e for chamada para estar na Seleção, eu vou querer ajudar como atleta. Obviamente que, pela minha experiência, por tantos anos de casa, vou dividir com as meninas sempre o melhor de mim e procurar ajudar elas nesse sentido também, mas meu objetivo é ajudar como atleta — disse a camisa 10, em entrevista pré-jogo nesta quinta-feira (29).

O desafio de Arthur Elias é continuar somando, ou seja, transformar cada vez mais o talento individual em força coletiva e integrar novas protagonistas às referências históricas. O de Marta é o mesmo de toda a carreira: seguir diferenciada dentro e fora de campo, com a "aura" que nunca lhe faltou.

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