Como Libertadores pode aprender com Champions em rotatividade de estádios
Rotatividades de estádios da Uefa podem ser exemplo para Conmebol


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PSG e Inter de Milão se enfrentam em duelo válido pela grande final da Champions League, na Allianz Arena, em Munique. O palco bávaro sediará pela segunda vez a decisão do torneio mais prestigiado do futebol europeu - a primeira foi em 2011/12, no confronto entre Chelsea e Bayern de Munique, vencido pelo lado inglês. A escolha do estádio segue uma tradição consolidada na Uefa que pode servir de exemplo para a Conmebol: a rotatividade anual das finais entre diferentes países e arenas do continente.
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O cenário da América do Sul, no entanto, é bem diferente. Desde que a Conmebol adotou o modelo de final única para a Libertadores, a repetição das cidades-sede se tornou um obstáculo para a entidade sul-americana. Desde 2019, apenas cinco cidades diferentes hospedaram a decisão da Libertadores em sete disputadas até então. Foram elas: Lima (2019 e 2025), Maracanã (2020 e 2023), Montevidéu (2021), Guayaquil (2022) e Buenos Aires (2024).
No entanto, vale destacar a diferença de planejamento e logística entre as duas entidades. A Uefa, beneficiada por uma Europa com dezenas de países bem conectados por vias aéreas, ferroviárias e rodoviárias, além de estádios modernos em praticamente todas as grandes cidades, consegue operar com uma flexibilidade que a Conmebol ainda não alcançou.
Na América do Sul, com menos países e infraestrutura desigual entre eles, nem todas as grandes cidades am um evento da magnitude de uma final de Libertadores, onde milhares de torcedores e turistas se mobilizam para assistir ao espetáculo de perto. Além disso, a Europa não sofre com o fenômeno da "altitude", com cidades acima de 4 mil metros do nível do mar, como La Paz, na Bolívia, e Cusco, no Peru, onde afetam a pressão atmosférica e a disponibilidade de oxigênio.

Como a Libertadores pode se espelhar na Champions
Apesar das diferenças estruturais e geográficas entre América do Sul e Europa, é fundamental que a Conmebol encontre uma maneira de aumentar a rotatividade de cidades que receberão a final da Libertadores. Um dos caminhos possíveis dentro desse contexto é a valorização de estádios localizados em países que já possuem estrutura consolidada para grandes eventos, como o Brasil e a Argentina.
No Brasil, por exemplo, há arenas em outras cidades além do Rio de Janeiro com capacidade e infraestrutura para receber eventos de porte internacional, mas que sequer foram escolhidas até o momento: Allianz Parque e a Neo Química Arena, em São Paulo; o Beira-Rio, em Porto Alegre, reformado para 2014; e o Mineirão, em Belo Horizonte. Além disso, cidades como Salvador e Brasília também contam com estádios modernos.
O mesmo vale para a Argentina, onde há outras possibilidades além da capital. Estádios em Rosário, Córdoba e Mendoza, por exemplo, já receberam jogos importantes e têm potencial para abrigar uma decisão continental.
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