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‘Às vezes, o treinador acaba sendo multifuncional’, diz Wagner Lopes

Ao LANCE!, treinador recorda como lidou com diversas realidades nos gramados do país afora e faz um balanço de sua trajetória como jogador no Japão 

Wagner Lopes
imagem cameraWagner Lopes é o novo técnico do Atlético-GO (Foto: Divulgação/JEC)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 06/08/2020
19:01
Atualizado em 07/08/2020
08:04

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Não faltam histórias a Wagner Lopes no futebol. Marcado por ter sido um dos pioneiros jogadores que foram para o futebol japonês e que fez parte da primeira seleção a disputar uma Copa do Mundo, ele manteve seu espírito de "peregrino" também na beira do gramado.

Após ter feito parte da comissão técnica do Paulista na histórica conquista da Copa do Brasil de 2005 (sob o comando de Vagner Mancini), Lopes iniciou sua saga como treinador e esteve à frente de clubes de diversas divisões. Sem clube desde que saiu do Botafogo-SP, o treinador reconhece o quanto continua ingrata a sua profissão.

-  Há uma cultura de avaliar o treinador rapidamente só pelos resultados. Na minha visão, o trabalho de um técnico só pode ser avaliado depois de um ano. Um pênalti mal batido ou executado não são culpas diretamente do comandante. E se a equipe vem de uma sequência de derrotas, a responsabilidade vai também do diretor de futebol, por exemplo - afirmou, ao LANCE!.

LANCE!: Seu início de trabalho na beira do gramado aconteceu na comissão técnica do time do Paulista campeão da Copa do Brasil. Como foi começar logo desta maneira?

Wagner Lopes: Eu já tinha jogado com o Vagner (Mancini, técnico do Paulista naquela conquista) no Japão e dizia para ele que levava jeito para treinador. Por coincidência, assim que acabou meu curso, fui chamado por ele. Foi um privilégio esta conquista logo no início, sem dúvida. Superamos adversários muito complicados, como Juventude, Internacional, Figueirense, Botafogo e seguramos o Fluminense na final em São Januário. Mancini me ajudou mas é claro que cada um tem seu ponto de vista, seus conceitos.

L!: Você retornou ao Paulista por duas vezes como técnico, mas enfrentando uma realidade completamente diferente: com a equipe tendo de disputar a Copa Paulista para buscar uma vaga na Série D. Como foi lidar com este contraste?

A Copa Paulista é uma competição que requer muita atenção. Há obstáculos como as longas viagens, os diferentes tipos de gramado, as torcidas adversárias que soltam fogos na noite anterior à partida...  O cenário não é dos melhores, mas isto acaba ajudando na fase mental. Na edição de 2011, fomos pegando confiança e ganhamos o título. Tenho muito orgulho desta conquista porque projetamos muitos jogadores que hoje brilham em outras equipes. O Reinaldo tinha vindo da Penapolense e atualmente ocupa a lateral do São Paulo. Samuel Xavier, Mayke, o Alan Mineiro... 

'Já lidei com atrasos salariais, tive de tirar dinheiro do bolso para ajudar na suplementação de atletas... Isto ajuda mentalmente, de certa forma', constata Wagner Lopes


L!: Você também comandou muitas equipes de menor investimento, principalmente do interior. Isto deve dar muita "cancha" em relação aos percalços do futebol...

Pois é, rodei bastante... Em alguns lugares, o treinador acaba sendo multifuncional, né?! Já lidei com três, quatro meses de atraso salarial em uma equipe. Aconteceu de eu tirar do bolso porque estava faltando suplementação para o atleta. A gente gerencia, faz programação. Isto, de certa forma, ajuda você mentalmente para encarar todo tipo de trabalho. Inclusive, dá uma certa facilidade ao comandar equipes de maior porte.

L!: Você comandou o Criciúma em 2014. Como foi comandar a equipe justamente em um ano no qual ele estava na Série A?

Eu vinha de um trabalho no Botafogo-SP, no qual fomos muito bem na fase de grupos, amos em primeiro lugar para a fase do mata-mata, mas fomos eliminados nos pênaltis para o Ituano. Isto chamou a atenção do Criciúma e acabamos fechando. Foi uma grande experiência enfrentar clubes como Fluminense, Flamengo. A Série A tem uma dinâmica de jogo diferente. Você vê uma qualidade técnica dos jogadores muito superior. Trabalham bem a circulação da bola, por exemplo, a capacidade cognitiva é diferente.  Valeu a pena, apesar de não ficarmos até o final.

L!: Logo depois você acertou sua primeira agem para o Atlético-GO. Como foi o início da relação com o Dragão" flex flex-col mx-auto mb-8 font-krub ">

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