Diniz conta que não entendeu gesto de Loide em jogo do Vasco: ‘Preciso conversar com ele’
Cruz-Maltino eliminou o Operário na Copa do Brasil e está nas oitavas de final

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O técnico Fernando Diniz disse em coletiva que não entendeu os gestos de Loide Augusto durante o jogo do Vasco contra o Operário na Copa do Brasil, nesta terça-feira (20), em São Januário. Diniz contou que ainda vai conversar com o atacante, que converteu o último pênalti do Vasco na disputa que garantiu ao Cruz-Maltino a vaga nas oitavas de final da competição.
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- Comigo não aconteceu nada, nem sei muito do gesto que ele fez. O pessoal estava falando e eu tentando ar informação para acalmá-lo, porque a torcida já estava irritada com ele. Intenção era ajudá-lo para ele continuar jogando. Preciso conversar com ele para entender os gestos que (Loide) fez. Também nem interpretei assim, estava tão focado no jogo que para mim não houve problema nenhum - disse Diniz.
Ao comentar a atuação de Léo Jardim, Diniz considerou que o jogador do Vasco é um goleiro para vestir a camisa da Seleção Brasileira. O técnico cruz-maltino ainda afirmou que coloca o atleta como um possível convocado.
- Acredito que ele seja um dos goleiros que se coloca como postulante a vestir a camisa da Seleção. Pela idade, pela qualidade que vem demonstrando no Vasco desde que chegou aqui. Acredito que é um dos possíveis convocados, coloco ele nessa posição, sim. Vamos receber o Ancelotti muito bem, como temos recebido todos os estrangeiros. E na confiança de que ele consiga fazer mais um grande trabalho na carreira dele - pontuou o técnico do Vasco.
O Vasco volta a campo para enfrentar o Fluminense no final de semana. O clássico será às 18h30 de sábado (24), no Maracanã. A partida é válida pela 10ª rodada do Brasileirão.

Confira mais respostas de Fernando Diniz, técnico do Vasco:
ANÁLISE DA PARTIDA
- A história do jogo de hoje começou no sábado. Teve uma descarga muito grande de energia física e psíquica que a gente não teve tempo hábil para recuperar. Foi um jogo fora dos padrões habituais que o Vasco vinha jogando, então todo mundo estava muito feliz e descarregou muita coisa. Com dois dias, tendo que fazer ajustes, acho que foi o principal fator. Tanto física quanto psiquicamente, a gente não foi o mesmo time, nem o mesmo da minha estreia, a gente estava abaixo. Enfrentamos um time perigoso, que tem um bom investimento para a Série B, com jogadores que já jogaram em grandes clubes, um time organizado, que vinha com confiança de três vitórias. Campeão paranaense, e acho que os três últimos confrontos do Estadual eles ganharam nos pênaltis. A gente tinha um adversário difícil e estávamos abaixo da nossa melhor condição.
- Jogamos menos até do que jogamos contra o Lanús em termos de postura. Mas não jogamos mal, oscilamos muito mais do que nos outros dois jogos. Nessa oscilação, parecia que poderia acontecer alguma coisa a qualquer momento e o Operário fazer um gol. A gente teve umas três ou quatro chances para matar e não matou. Deixamos o adversário vivo, e eles acabaram tendo a felicidade de fazer o gol no final do jogo em uma bola improvável, com um cruzamento muito alto e uma bola que entrou devagar no canto. O importante hoje era classificar. A gente não escreveria esse roteiro, mas para o time acaba sendo uma coisa muito forte, e a disputa de pênaltis do jeito que foi acaba treinando algumas emoções, o aspecto anímico que, sem a disputa, a gente não treinaria.
CONFIANÇA DOS JOGADORES NA DISPUTA DE PÊNALTIS
- Acho que, na questão anímica, a maneira como eles responderam à disputa dos pênaltis foi muito boa, diferente do que aconteceu na Argentina quando tomamos o gol do Lanús. Os jogadores estavam inteiros, minha participação foi de encorajamento. Gosto de quem se posiciona para bater, isso vai na posição do João Victor. Ele treinou ontem, treinou bem e foi um dos primeiros a se colocar à disposição. Essa coragem é muito importante. Se não tivéssemos ado, não íamos crucificar ninguém aqui.
- Gosto muito mais do jogador que se apresenta para bater e erra eventualmente, do que o que se esconde. É um jogador experiente, uma das referências do time, e já tinha batido bem ontem tecnicamente. Se posicionou, então bateria, não tinha porque não bater. A ordem foi daqueles que eu tinha mais confiança do que estava acontecendo nos treinos e na disposição ali do campo, de quem estava mais confiante para bater na hora. Fomos posicionando os que achamos que tinham mais chance de bater, sempre faço isso. O Vegetti, o Tchê Tchê que eu já conheço bem em disputas e tem um aproveitamento muito bom. Fui colocando nessa ordem.
DIAGNOSTICOU OS PRINCIPAIS PROBLEMAS DO VASCO?
- Todos, não. Estamos tentando melhorar o time em todos os aspectos, individual e coletivamente. Vai levar um tempo. Nunca vamos conseguir identificar todos, mas aqueles que temos identificado temos procurado trabalhar e melhorar a equipe.
PÊNALTIS SÃO LOTERIA?
- Não acho que pênalti é loteria, sempre treino quando há chance de disputa. Treinamos ontem. Não houve loteria, não acho que é loteria. Acho que tem preparo dos jogadores e isso aumenta suas chances de ganhar. De maneira geral, o time foi bem nas cobranças. Léo Jardim foi estupendo e acabou nos dando a classificação.
PARTIDA ABAIXO DO VASCO
- Eu já tinha esse receio para o jogo de hoje (queda de rendimento), o treino já não foi igual, faltava energia, e é uma coisa que a gente já vai aprendendo com o tempo, de deixar o time mais maduro e se recuperar mais rápido de vitórias como a de sábado. Fiz o que pude, os jogadores também tentaram se dedicar e a gente evoluiu. O jogo de hoje foi importante para a nossa caminhada, o time não jogou o seu melhor, mas foi um jogo muito importante, porque era difícil jogar o seu melhor hoje.
DESFALQUE DE COUTINHO CONTRA O FLUMINENSE E PAYET
- Primeiro contato foi ótimo. É uma possibilidade, mas não uma certeza que vamos poder contar com o Payet. Ele tem ainda resquícios de dores no joelho, está voltando a treinar. Junto com o DM, vai saber avaliar. Questão de saúde, se vamos aproveitar e como vamos aproveitar no sábado.
SEGUNDO TEMPO ABAIXO
- Podia ter crescido a área (de defesa), a gente pensou em colocar o Mauricio Lemos, a gente ia acabar baixando o bloco no finalzinho, sofrendo mais cruzamento, mas achei que não precisava mexer e escolhi deixar do jeito que estava. Não acho que a gente fez uma partida ruim, o jogo do segundo tempo foi um pouco diferente da primeira etapa. A gente teve mais perto de fazer gols no segundo tempo do que no primeiro, tivemos uma das quatro chances de atravessar a bola e o outro fazer e isso acho que pecamos um pouco. Aí quando você não faz o gol o jogo fica perigoso, fica tenso, é um time que tem qualidade, jogadores acostumados a jogar a Série A, o Allano, o Boschilia, o Marcos Paulo são jogadores que têm qualidade técnica e aqui, contra o Vasco, entram como franco atirador.
LUIZ GUSTAVO
- Acho que ele está evoluindo cada vez mais, é um jogador que tem um futuro muito grande pela frente, um jogador técnico, forte, que tem boa velocidade. A tendência dele comigo é de ter um crescimento bastante positivo, estou bastante contente com o que estou vendo dele, daqui a pouco acredito que a gente vai seguir olhando mais gente da base, eu gosto de olhar. Ele está sabendo aproveitar a oportunidade, temos mais zagueiros à disposição do mesmo nível, então estamos bem servidos na posição.
BRUNO PIVETTI
- Conheço ele há muito tempo. Foi meu auxiliar dois anos no Audax, é muito estudioso. Um discípulo do Vítor Frad da escola do Porto. Além de ser competente é uma pessoa generosa, um cara do bem e eu torço muito para o sucesso dele. Sempre um prazer encontrá-lo. Foi a primeira vez que jogamos contra e espero que possamos nos encontrar em outras oportunidades.
CANSAÇO DO FIM
- Fisicamente não estávamos totalmente recuperados para esse jogo. Não foi no final. Acho que no primeiro tempo demos sinais. Não é o cansaço que é aparente para o torcedor ou vocês, mas é uma rotação mais baixa para fazer as aproximações e achar os espaços. No final pesou para nós mais a falta de efetividade no segundo tempo para fazer o segundo e terceiro gols do que a queda física. Não foi isso. Se faz o segundo gol ficamos mais relaxados, seguros. Porque fica com a pressão o tempo todo de 1 a 0 e o Operário se lançando. Ao se lançar o jogo ficou mais fácil para nós. Estava mais perto de fazer o segundo do que levar o empate. No finalzinho que o jogo estava praticamente acabado e levamos o gol. Recuamos mais e sofremos o gol.
PAPO COM RAYAN
- Não tem muita lógica para mim. É algo que vou percebendo na hora do jogo. Falei para o Rayan continuar para tentarmos fazer o segundo gol. O Rayan, de maneira específica, é um talento raro. Vai deslanchar na carreira e ser um jogador top de linha no Brasil e na Europa. Tem um potencial enorme, eu enxergo assim. Desde que cheguei tento colocar ele em uma posição que tem de ocupar no cenário do futebol brasileiro. É muito diferente e com uma competência muito alta. Ele está aprendendo a se desenvolver e se enxergar. A hora que ele enxergar o tamanho que pode ter, acredito que vai ter uma carreira brilhante.
PAULO HENRIQUE E LUCAS PITON
- Acho que tanto hoje quanto sábado eles foram extremamente importantes para nós. Muita participação, efetividade, acerto. Já eram há algum tempo muito importantes para os treinadores que aram pelo Vasco. Acredito que conseguem entregar muito.
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