Análise: em que Internacional o torcedor deve acreditar
O Colorado foi do jogaço contra o Bahia à ividade contra o Fluminense

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Em cinco dias, o Internacional foi do céu ao inferno. Saiu de um jogo de entrega e recuperação contra o Bahia, onde saiu perdendo e conseguiu a virada de 2 a 1, para uma partida de ividade ante o Fluminense, perdendo por 2 a 0, sem mostrar capacidade reação. O primeiro confronto definiu a classificação às oitavas de final da Libertadores. O segundo, deixou o Colorado às portas do Z4 do Campeonato Brasileiro. Afinal, em que atuação o torcedor deve acreditar?
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Primeiro o jogaço
Claro que o enfrentamento pelo torneio continental, na quarta-feira (28), não foi um jogaço somente por conta da atuação e recuperação e entrega alvirrubra. Do outro lado, o Esquadrão de Aço vendeu caro a derrota. Ou seja, os dois times tiveram boas atuações.
O Inter, porém, se sobressaiu em todos os setores. Anthoni fez pelo menos duas importantes defesas. Vitão e Juninho tiveram atuações seguras. Assim como Aguirre e Bernabei, que aunda incomodaram muito a zaga baiana. O meio, mesmo descontado, apresentou exuberância. E o ataque foi efetivo.
O gol de empate, marcado por Vitinho, 37 segundos após o árbitro dar o apito após o Bahia abrir o placar, foi um resumo do que o time de Roger Machado pode apresentar quando atua a 120%. Já a bola na rede de Rafael Borré foi um fio de esperança de que ele estaria 100% em breve.

O jogo ivo
No domingo (1º), o Internacional parecia completamento o oposto do que foi no meio da semana. Em parte, porque o Fluminense soube aproveitar os pontos fracos colorados – jogando principalmente em cima de Ramon, substituto de Bernabei, que saiu lesionado e só volta em setembro. Mas o time como um todo não correspondeu.
Dos 15 jogadores que estiveram em campo, apenas Aguirre foi o mesmo de sempre. Mostrou entrega do começo ao fim. Wesley também tentou muito, mas não foi eficiente. Poderíamos até dizer que as três trocas por lesões – Fernando, Borré e Vitinho – afetaram o time, mas isso seria só parte do que foi visto.
O próprio Roger Machado itiu que o time ficou abaixo do esperado.
– No jogo de hoje, especificamente, eu vi o time com uma baixa energia. Foi um jogo de primeiro tempo muito abaixo. É um jogo que a gente precisa refletir para encontrar essas respostas relacionadas às distintas competições – comentou na coletiva.

Gol cedo e sem reação
Contra o Flu, o Inter repetiu o que aconteceu outras seis vezes nas 11 partidas anteriores: tomou um gol antes dos 10 minutos. Samuel Xavier achou um espaço no meio a defesa e fez um lançamento rasteiro desde a intermediária. Kevin Serna só teve o trabalho de encobrir Anthoni que saiu bem.
O problema é que a equipe não mostrou a vontade de evitar a derrota, já elogiada por Roger, inclusive chamando o time de “fodido”. Faltou gana para buscar o empate. Alan Patrick parecia sem criatividade, esgotado, sem força para armar e, até, para chutar a gol, como em um lance no primeiro tempo.
O Colorado até rodou a bola de pé em pé, tentando achar espaços na defesa tricolor, e levou perigo algumas vezes ao gol de Fábio. Mas com seu meio-campo apático, principalmente de parte o seu camisa 10, pouco conseguiu fazer para evitar a quarta derrota no Brasileirão.
E a pá de cal veio justamente quando o Alvirrubro mais pressionava o Flu. Em um chute de fora da área, a bola desviou em Vitão e entrou entre as mãos de Anthoni. Um frango, que o camisa 24, único a aparecer na zona mista, reconheceu:
– Tenho a minha responsabilidade no gol. São coisas que não tem justificativa, não vou ficar aqui tentando dar volta. Eu errei, e é isso. Não costumo me esconder das minhas responsabilidades.
E no que acreditar
Então, entre duas atuações tão díspares, fica difícil para o torcedor saber qual o verdadeiro Inter. Claro que tem o acúmulo de jogos e viagens. Só que os adversário estão ando igualmente por isso. Óbvio que as lesões – foram mais três contra o Fluminense – atrapalham. As outras equipes do Brasileirão também enfrentam um grande número de afastamento.
Resta, assim, ao técnico Roger Machado, à comissão técnica, à direção e, principalmente, aos jogadores trabalharem para entregar muito mais no campeonato nacional. Afinal, o Z4 está batendo na bunda. E, como já disse Fernando, em momentos assim, “todo mundo começa a correr, dar tudo”.
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